Me sinto mergulhando e mergulhando em uma
profundidade nunca vista
Mas não vejo peixes, de nenhum tipo, eles não
existem. Apenas a imensidão azul.
Mas nem isso estou vendo mais, o azul se
tornou cinza.
E o cinza se tornou negro, sem luz. Trevas.
Parece que estou afundando para o inevitável,
mas de repente...
Sinto meu coração acelerar, boto a mão no meu
peito e finalmente sinto
Sinto a falta de ar, eu não quero mais afundar
e sim respirar!
Subo para a superfície, é díficil, é demorado,
mas consigo ver a luz...
E quero muito alcança-la! Quero muito ver o
que tem na luz...
Se outrora eu via meu mundo cinza, minha
realidade negra
Hoje quero ver cores, Quero me sentir viva de
novo
E já na superfície, com a luz em meus olhos,
vejo o quanto ela é brilhante...
Mas meu mundo continua preto e branco e
descubro que ele continuará assim
Se eu assim quiser. Mas eu não quero. Não
posso mudar a realidade do mundo.
Mas posso mudar minha realidade e assim aos
poucos colorir meu mundo..
Então eu me entrego, me entrego de corpo e
alma..
E como uma grande aquarela, as cores tomam
forma e o mundo fica mais bonito...
Percebo que o mundo sempre vai ser preto e
branco
Mas também que eu posso colorir sempre que eu
quiser, nada continua igual para sempre
Minha tinta é eterna, posso descobrir cores
novas, retocar as antigas
E assim nada termina, tudo se recomeça de novo
e de novo
Sou a pintora da minha vida, não só de uma cor
e sim várias.
Fiz poucas obras ainda, Mas minha galeria está crescendo..
Vamos pintar um quadro novo?
Desenho: Cláudia Ketter
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